
Eu já fiz uma espécie de restrospectiva espiritual aqui, mas não falei muito sobre o que aconteceu esse ano num geral — e foi muita coisa.
Na verdade, na maior parte do ano, eu me senti um tanto quanto estagnada na vida, mas como nada é estável, logo o movimento foi restaurado e minha vida virou de cabeça para baixo nos últimos meses. Felizmente, de uma forma boa.
Highlights do ano
- Saí do meu emprego pra me dedicar melhor à faculdade, mas tem horas que bate uma saudade danada.
- Retomei as rédeas da minha vida (terminei um namoro meio bosta) e voltei a fazer muitas coisas que me agradavam, como tomar umas cervejinhas no final de semana, ir no barzinho com os amigos, falar umas besteiras e pseudo-cantar funk bêbada.
- Voltei a blogar, depois de ter tido problemas sérios em manter um blog em 2017 e maior parte de 2018.
- Fiz menos tattoos que em 2017, mas gosto muito delas.
- Retomei amizades sensacionais e demos uns rolê muito maneiros, com direito a Maria passando mal e muitos what the fuck just happened.
- Desci até o chão ao ponto que as minhas pernas ficarem doendo por dias, o que quer dizer das duas uma: a) eu dancei muuuuito; b) eu sou sedentária pra caramba e meus músculos não aguentam esse tipo de baixaria.
- Após anos desejando, comprei um deck de tarot e, aos poucos, estou aprendendo as mensagens trazidas pelas cartas.
Aprendizados
Não foi só coisa boa que aconteceu. As coisas ruins fazem parte da vida e a gente se engana se pensa que um dia vai se livrar do sofrimento. Felizmente, sinto que aprendi bastante com o que sofri esse ano. Segue:
- Aprendi que é importante ser transparente com o que você sente, especialmente em relação a outra pessoa. Não adianta nada arrastar uma situação na qual você está infeliz só para não magoar a pessoa: é um baita desrespeito consigo mesmo e com o outro, que é privado de saber a verdade — e não é você quem decide se ele merece isso ou não.
- As pessoas sempre estão fazendo o melhor que elas podem com aquilo que elas têm, mesmo que isso machuque. Em contrapartida, vez ou outra você precisa lidar com isso. Faça o melhor que você pode com aquilo que você tem.
- Ataques de pânico não são legais e eles vão aparecer nos momentos mais aleatórios possíveis. Aprenda a identificar os sinais e respire fundo. Observe o que está acontecendo, quem está a sua volta... Grande parte das vezes, são pessoas em quem você pode confiar. Lembre-se sempre disso.
- Maior parte da sua solidão pode ser sua culpa. Talvez seja hora de rever as suas atitudes em relação aos outros.
- A regulação emocional não é algo que vai te livrar das dores, mas vai te impedir de deixar que as emoções controlem a sua vida. Vai doer? Vai. Nunca vai deixar de doer. Mas, ao menos, você vai saber como lidar com essa dor de uma forma menos prejudicial.
- Tem coisas que você não vai poder mudar e, nesses momentos, é preciso ter paciência e saber gerenciar a crise. Não é fácil. Dói. As medidas a serem tomadas para lidar com isso podem ser extremas, mas o importante é que elas sejam funcionais.
- Certas feridas nunca vão ser curadas e o máximo que você pode fazer é ter certeza de que elas estão sempre bem cuidadas, limpas e não estão propensas a infeccionar.
- Você tem limites. Respeite-os.