Sigo viva, até que se prove o contrário.
Julho não foi tão terrível quanto pensei que seria, mas teve seus momentos, e agosto começou me massacrando de diversas formas. Pergunto-me quando virá algum alívio.
O sono anda bem—finalmente—por conta de um suplemento de melatonina em forma de gomas sabor morango. Também por conta dos remédios, que estão em dia. Mas a psiquiatra tem novas suspeitas, o que me coloca em uma posição de bastante angústia e ansiedade. Só o tempo dirá, mas um novo diagnóstico aos quase 30 anos certamente é pesado, considerando que tenho mais anos vividos diagnosticada do que não diagnosticada.
Por falar em diagnóstico, não aguento mais discussões de twitter sobre isso. A questão é que, naquele rede social, tudo tende sempre a ir para algum extremo, ignorando as nuances do debate. Dentro da academia, a gente raramente chega num consenso: a gente só critica, critica e critica. Prefiro assim. E prefiro que as pessoas recebam os cuidados necessários, independente de diagnóstico. O problema é que, no mundo em que vivemos, precisamos sempre de um papel documentando certinho onde que estamos quebrados pra conseguir sermos reconhecidos como merecedores de cuidados.
Outra coisa relevante que acho que deveria comentar é que eu tive que extrair um dente. Foi o dente 26, o primeiro molar superior esquerdo. Isso significa que não foi um siso, foi um dente normal, e um dos que a gente mais usa na mastigação. Tudo isso porque ele estava fraturado em uma parte muito profunda, chegando na raiz do dente. E como isso aconteceu, você pergunta. Não tinha cárie, não tinha nada. Assumo que foi resultado de uma restauração que fiz em 2020—que foi traumática, aliás—, em que realmente senti que a broca foi um pouquinho fundo demais. Acho que era o caso de fazer um tratamento de canal e não apenas uma restauração, porque toda essa história rendeu não apenas uma fratura como também um cisto no céu da minha boca, que estava inflamado e doía consideravelmente. Agora tenho um espacinho bastante incômodo na boca e só posso mastigar com o lado direito enquanto espero a prótese ficar pronta.
No mais, continuo trabalhando, ficando altamente estressada com a rotina, tendo crises de choro, jogando The Sims 4 e assistindo Bluey. Viver é meio agridoce às vezes.