2024 está acabando com 56 livros lidos e um coração mais pesado. Infelizmente, a morte não tira férias e tive um encontro com o luto novamente muito antes do que eu esperava, em plena véspera de Natal. Acontece que esse tipo de coisa não dá pra prever, ainda que a gente veja sinais, ainda que a gente saiba que pode acontecer a qualquer momento, ainda que a gente já esteja se conformando com a possibilidade... Saio de 2024 com uma bagagem extremamente diferente de todos os outros anos, e espero que logo eu consiga guardá-la no lugar e me assentar confortavelmente em 2025. Planos existem, mas, como diz Death Cab for Cutie, todo plano é uma pequena oração ao Pai Tempo. Vou orar muito, mais do que em qualquer outro momento da minha vida—pelo que está por vir, pelo que passou, pelas dores que tenho sentido e ainda hei de sentir, e pelas alegrias que, acredito, também virão. Tenho certeza que serei ouvida.
Que 2025 seja um pouquinho mais gentil com todos nós.