Os dias tem sido uma coisa que eu não ando entendendo muito bem. Agora que estou um pouco mais estabilizada com a medicação, eu diria que estou bem, mas estou longe de estar onde precisava estar. Quer dizer, eu não passo mais 80% do dia pensando besteira e agonizando, mas continuo sem conseguir focar nas coisas e com dificuldade para ter energia para qualquer coisa. Pra ser sincera, acho que este último problema não é nem culpa da depressão, mas sim do calor que está me tirando do sério. Eu sou fã de calor, mas tem sido demais.
Algumas semanas atrás fui acampar na praia com meu namorado. Fomos juntos com meu pai e sua namorada. Foi a primeira vez que fomos para a praia juntos, algo que já queríamos fazer há muito tempo, e eu me diverti um monte. Costumo dizer que sou emocionalmente dependente de praia, porque não importa o que esteja acontecendo na minha vida, o mar cura todo o mal. Ir pra um lugar tão bom assim com uma pessoa que você ama é maravilhoso, recomendo.
Infelizmente, graças à minha brancura, voltei vermelha feito um camarão, mesmo que eu tenha me lambuzado de protetor solar diversas vezes. Por ser acampamento, não tinha muito como fugir do sol do meio dia, e contra esse nenhum protetor solar consegue proteger de verdade minha pele.
Como já faz um tempo, minha pele já está descascando 🐍 Enquanto isso, me entupo de hidratante e espero pelo melhor, risos.
Enquanto ando bem desanimada e com dificuldade em fazer certas coisas, meus dias tem sido tomado por... livros. Sim, eu sei, euzinha, que tem uma dificuldade tremenda em completar leituras, estou simplesmente esvaziando a bateria do meu Kindle a cada 2 dias pois não desgrudo dele. Desde o começo do ano, li 7 livros (sendo que a minha média é de 3 livros por ano), e tem sido uma experiência muito gostosa. Sempre quis ser que nem minha mãe, que simplesmente engatava um livro no outro, e sei que provavelmente não vou conseguir manter esse ritmo até o final do ano, mas vou aproveitando enquanto consigo.
Dentre as leituras recentes notáveis, gostaria de falar sobre Entre Ponteiros e Eclipses, de Laís Napoli. O livro é uma fantasia steampunk na qual duas meninas amaldiçoadas a virarem criaturas fantásticas começam a interagir durante os eclipses. De início, a interação das duas é bastante hostil, mas aos poucos a situação na cidade vai ficando complicada e elas precisam juntar forças para combater outros seres fantásticos e um governo um tanto quanto... autoritário. Eu fiquei impressionada com a construção de mundo, senti que conhecia muito bem Caladuna, e consegui reconhecer diversas das referências da autora enquanto lia (que ela cita, posteriormente, nos agradecimentos do livro). O romance entre as personagens principais também é muito fofinho e ocorre num tempo bem gostosinho, na minha opinião.
Nessa de ler tanto eu também tive minha primeira experiência com literatura hot e percebi que... não gosto. Não que eu ligue para cenas explícitas, tanto que em obras visuais isso não me incomoda, mas ler me deixa desconfortável. Emprestando o termo gringo, acho cringe. Talvez isso aconteça porque meu contato com palavras de sacanagem seja algo proveniente do sexting, prática que tinha mais sentido pra mim quando eu era uma adolescente com os hormônios à flora da pele, mas hoje em dia tudo que isso me faz sentir é vergonha alheia, mesmo. Enfim, valeu a experiência, agora já sei o que eu devo evitar (ou não, talvez eu dê mais chances posteriormente. Gosto de manter a mente aberta).
Por fim, apesar de as coisas estarem um tanto quanto longe do ideal, estou contente. Ao menos, aos poucos, estou conseguindo trabalhar, tenho voltado com os atendimentos clínicos e estou conseguindo não atrasar ainda mais meus freelas (embora meu sonho mesmo seja tirar o atraso completamente, risos). Tenho planos de coisas que desejo voltar a fazer quando estiver um tiquinho ainda mais estável, mas até lá, continuo me enfiando nos livros e tentando criar uma rotina cada vez mais saudável. Torçam por mim.